25 de Julho é uma data para trazer à tona a luta das mulheres negras latino-americanas e caribenhas para uma sociedade mais justa, além de relembrar a história de Tereza de Benguela, que liderou o Quilombo de Quariterê, no Vale do Guaporé, no Mato Grosso, e uniu negros, brancos e indígenas para defender o território onde viviam, além de lutar contra a escravidão até ser presa e morta em 1770. No Brasil, a Lei que institui o Dia da Mulher Negra, em homenagem à líder quilombola, foi sancionada em 2014 depois da mobilização dos movimentos de mulheres negras brasileiras.
Para celebrar, Zezé Motta, ícone da cultura brasileira, comanda o especial “Zezé Motta – Mulher Negra”, que será transmitido neste domingo, às 17h no canal L!Ke, e pelo canal oficial do Teatro Bradesco no Youtube. No show da atriz e cantora, canções consagradas como “Magrelinha” de Luiz Melodia, e “Tigresa” de Caetano Veloso.“É difícil fazer arte no Brasil, de um modo geral, mas para a mulher negra é mais difícil ainda. A minha questão sempre foi com a justiça. Vejo este especial como uma grande homenagem, elas são importantes porque significam o reconhecimento de uma batalha para construir uma carreira”, explica a artista, que estará acompanhada da maestrina Claudia Elizeu, e contará com a participação especial da jovem cantora Malía.
A apresentação será de Luana Xavier, atriz, apresentadora, influenciadora digital e ativista em prol do povo preto e Rafaela Pinah, mulher trans negra, pesquisadora de tendências, colunista e diretora criativa do Coolhunter Favela. O especial trará ainda depoimentos de mulheres pretas como as atrizes Cris Vianna, Elisa Lucinda, Indira Nascimento, a cantora Iza, a escritora Conceição Evaristo, a filósofa Djamila Ribeiro e a ex-BBB Camilla de Lucas.