Recentemente a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), incluiu cláusula de diversidade em Convenções Coletivas de Trabalho para seus associados, visando estimular a contratação desses perfis. Enquanto isso, uma pesquisa realizada recentemente pela plataforma de RH Pulses, em parceria com a Nohs Somos, startup especializada em diversidade e inclusão, divulgada no LinkedIn, mostrou que menos de 10% dos empregados brasileiros se identificam integrantes de algum dos grupos considerados minoritários, como negros, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, sendo que apenas metade das empresas tem alguma política de inclusão e diversidade amplamente divulgada. Se há interesse em contratar, a ponto de se incluir cláusula de estímulo à diversidade, por que o número de admissões, como a pesquisa demonstra, ainda é tão baixo? Por que a diversidade ainda não é uma realidade na maior parte das empresas?
Já faz tempo que o tema “diversidade” passou a integrar a pauta empresarial. Muito em razão de ter se observado que ela importa não só do ponto de vista social, mas por razões estratégicas: torna as empresas mais propensas a terem resultados financeiros acima da média. Mas, ter uma empresa diversificada dificilmente é algo que ocorre organicamente. Pelo contrário. A maioria das empresas possui uma liderança que não reflete a composição demográfica do mercado de trabalho ou da população do país. E, considerando que é essa liderança quem define as estratégias e seleciona os demais, a tendência é tal discrepância se manter nos demais cargos. Por isso, são tão necessárias as “ações afirmativas”: medidas que buscam de forma ativa fomentar a integração social de grupos minoritários.
Para as não comprometidas, o recado é simples: invista em diversidade. Demandará ação, esforço e tempo, mas será recompensador. A diversidade contribui para que a equipe alcance resultados mais positivos. Isso acontece porque o ambiente de trabalho é cooperativo, estimulante e acolhedor. Assim, os colaboradores se sentem mais motivados e engajados para realizarem suas atividades. Com a melhor qualidade de vida da equipe, todos trabalham melhor e com mais efetividade. Esses fatores contribuem para que os resultados sejam melhores na corporação. Com essas consequências benéficas, a equipe fica mais estimulada, gerando um ciclo positivo no negócio.